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08 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Há mais de 80 anos atras o Congresso Mundial das MULHERES SOCIALISTAS, realizado em Copenhague (Dinamarca), fixava pela primeira vez o dia 08 de março como o DIA INTERNACIONAL DA MULHER. A escolha homenageava uma greve de operárias têxteis, realizada poucos dias antes da abertura do congresso. As operárias reivindicavam salários dignos, respeito, jornada de 08 horas e foram brutalmente assassinadas no local de trabalho pelos patrões descontentes.
Na Santa (ou maldita?) Inquisição mulheres eram queimadas em praça pública porque detinham o conhecimento das ervas, disputando assim com os “Nobres Médicos”. Nas guerras mataram seus maridos, amantes, filhos. Então, foram para o trabalho nas fábricas, mesmo com jornadas maiores e salários bem menores, tentando sobreviver. As negras estupradas pelos senhores do engenho viram seus filhos vendidos ou mortos.
A homossexualidade é vista como anomalia (coisa do século XVIII) e perdura a discriminação para quem ama de um jeito diferente. As trabalhadoras rurais somente recentemente conseguiram o direito ao salário maternidade e aposentadoria.
De todas as cenas de miséria e tristeza, vamos encontrar uma mulher, lutando para alimentar os filhos, pois em meio à pobreza e ao desemprego as mulheres são a maioria. O desespero tira-lhes a dignidade, levando-as até a prostituir-se.
É inegável que algumas coisas foram criadas para atender especificamente a Mulher: Unidade de Saúde, delegacias, assessorias jurídicas, conselhos de condição feminina, aumento do número de mulheres na política, sindicatos e empresas, Lei Maria da Penha, etc….
Nos EUA, há descobertas surpreendentes: as meninas aprendem a se calar quando amadurecem, perdem a auto confiança e limitam suas aspirações profissionais.
Apesar do bom desenvolvimento até 12 anos, a maioria apresentou uma interrupção em seu desenvolvimento psicológico. A causa identificada foi a “ IMAGEM DA BOA MENINA” que é constantemente passada através de mensagens na escola, família, meios de comunicações que se intensificam na puberdade: “DEVE AGRADAR A TODOS, SER GENTIL MESMO AO EXPRESSAR RAIVA, DEIXAR QUE OS OUTROS TENHAM PREFERÊNCIA E, EDUCADAMENTE, DEIXAR SUAS PRÓPRIAS NECESSIDADES EM ÚLTIMO” . A imagem cultural da “ boa menina” deve ser conhecida e combatida pelos próprios educadores, que precisam se “reeducar”. Nos EUA, a FUNDAÇÃO NACIONAL financia 15 projetos para treinar e apoiar professores para que modifiquem suas práticas em sala de aula, em favor de uma educação com verdadeira equidade de gênero.
Na luta em defesa da ESCOLA PÚBLICA não podemos deixar de incluir aqui no Brasil, essa preocupação de que os professores não continuem reforçando comportamentos passivos dependentes nas meninas. Pelo futuro delas, como pessoas e pelo que a sociedade perde ao não desenvolver tantos talentos.
Incluo aqui também o machismo das próprias mulheres ao educarem seus filhos e ou não aceitarem sua liberdade, onde os “machos” podem tudo, as “femeas” não, o “ficar” para o homem significa grandeza e para a filha a perdição, isso tem de ser rompido, o prazer e a carência sexual pertence a todos, é uma cultura que é mostrada ainda nos programas de TVs, onde as meninas não podem “ficar” com vários, se ficam são p…. e outras qualificações e os homens os machões e respeitados……
Uma pequena homenagem a minha esposa e filha e para todas as mulheres.
“ MENINAS BOAZINHAS VÃO PARA O CÉU AS OUTRAS VÃO A TODOS OS LUGARES”.
Décio Vicente Galdino Cardin
Incluso na “II Coletânea dos Poetas de Maringá”

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